Ninguém pode parar o Reggae, ainda mais quando o mesmo tem um fim tão nobre como o AçãoReggae. Esse projeto beneficente tem a função simples e clara de trazer entretenimento arrecadando alimentos e roupas à bairros emergentes da grande São Paulo.
Depois das confusões do dia 25 de abril com os homens da CET (vide matéria sobre o assunto), o evento foi realizado neste último dia 30 de maio na Praça do Jaçanã. Programado para ter início às 14:00, o público parecia tímido e em número muito reduzido, talvez pelo cancelamento na primeira ocasião. A banda Cofre Galactico Dub não pôde comparecer, mas foi substituida à altura pelo Alma Zion. Alguns minutos para ajustar o som e a pedrada começa.
Eles já começam mandando Peter Tosh. Em seguida, uma música própria, do álbum "Distante da Babilônia", chamada "Don´t Cry". Nessa valeu até algumas pitadas de "One Step Foward" de Max Romeo. Para cantar "Jamaican Colors", Nell, vocalista do AntiBabylon e do DubPlate, sobe ao palco. Depois, com uma participação especial de Ras Ricardo nos backing vocals, uma versão de "Since I Throw the Comb Away" do Twinkle Brothers, chamada "Eu Joguei meu Pente Fora", agita a galera que começava a aparecer na Praça. Thiago Bing Dread, vocalista do AntiBabylon, canta a música "Revolução" com Giraffha, do Alma Zion. A banda fecha com "Rasta Children" de Dennis Brown.
Para a troca de bandas, a discotecagem era de primeira, e a galera curtia ao som de Israel Vibration, LKJ, Ponto de Equilíbrio, etc. Cena engraçada foi um bêbado dançando na chuva com muita tranquilidade a "Fight to Survive". Digamos que nem é preciso estar alcoolizado para pirar nesse som.
O tempo decidiu fechar de vez, e uma leve garoa somada a uma espessa nuvem negra, anunciavam a forte chuva que estava por vir. "O show deve continuar", assim diz a canção, e a banda Jai Mahal & Pacíficos da Ilha se prepara para sua performance.
Eles já começam com força total, e a "Get up Stand Up" é a escolhida para as "boas vindas". A banda levou seu hit, "Homem Invisível" e muitos outros sons de peso. Infelizmente, também "pesada", era a chuva que teve seu auge justamente nessa apresentação. O Set List foi encurtado para que todos tocassem, e rapidamente eles encerraram com Bob Marley para delírio do pessoal que, por incrível que pareça, aumentou, mesmo com chuva.
Agora a vez era do Dub Plate, mas como a banda usa equipamentos eletrônicos em suas músicas, a exposição à chuva que insistia em cair poderia danificar os mesmos. Decidiram assim não tocar e ceder seu lugar à ùltima banda da programação.
Rapidamente o Killaman & Roots Controllers assume o palco para encerrar a noite reggae do Jaçanã. Liderada por Marcio Diniz, tecladista e vocalista do Mystical Roots, essa banda tem apenas 6 meses de formação. Com músicos competentes vindos de diversos lugares de São Paulo, a banda só mandou músicas próprias que, com certeza absoluta, cada pessoa que compareceu a praça iria querer algum registro daquelas pedradas. A banda é nova, então fiquem ligados em suas próximas apresentações para conferir o trabalho do "Killaman".
Para quem ainda não conhece, está perdendo muito. A marcação de baixo e guitarra eram perfeitos e a bateria tem a pegada do autêntico Roots Rock Reggae. Claro exemplo na música "Comunidade". Nós da equipe, pesquisaremos mais sobre o Killaman para que todos tenham acesso a mais essa força do reggae nacional. Ao fim do evento, a chuva cessou, a galera estava presente e o reggae, somado a grandes atitudes de organizadores e do público, mostrou-se mais forte do que nunca, em todas suas vertentes.
IMAGENS DO EVENTO
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Fonte: Equipe Surforeggae
 'AçãoReggae'
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