No último dia 15 de janeiro, o Sesc Pompéia recebeu positivas vibrações de uma galera que tinha somente uma idéia na cabeça: Curtir a noite com um bom e velho Reggae, e quem estava lá para proporcionar fortes emoções era a banda Dagô & RadicalRoots. Lançando seu novo álbum, Dreadlock, a banda vem se destacando demais por sua originalidade, qualidade e principalmente carisma, um dos pontos fortes de todos integrantes.
Para quem não conhece o trabalho de Dagô, facilmente irá se surpreender com as letras e o peso do som. Cantar músicas onde o tema "amor" é quase carro-chefe, se torna muito complicado, ainda mais quando é exatamente esse o tema mais banalizado por algumas bandas de "sucesso". Mas com Dagô & RadicalRoots a coisa é bem diferente. O Amor é tratado de uma forma consciente, sem idéias gratuitas e também de uma forma mais abrangente... um amor de irmão, um amor por sua terra, por seus ideais, etc.
Outra coisa que chama muito a atenção é a pegada da RadicalRoots. Um baixo pesado e envolvente, viradas de bateria
sensacionais, backing vocals de primeira, percussão, teclados... enfim, para quem achar que é exagero, precisa conhecer o álbum Dreadlock, que acaba se tornando a melhor pedida para quem busca coisas boas e originais nesse mundo vasto do reggae nacional. O trabalho também conta com a participação especial de Fauzi Beydoun, vocalista da Tribo de Jah, que se impressionou com a banda desde a primeira vez que a viu no Aeroanta, São Paulo, em 1992. Ele canta a faixa "Mama Terra" com Dagô Miranda.
Estamos falando sobre a banda há vários meses, desde o Festival Reggae Roots no Clube Atletico Nacional, onde o Surforeggae teve o prazer de conhecer e cobrir tal trabalho. Apesar de estar em evidência somente de uns tempos pra cá, Dagô está na estrada desde o começo da década de 90.
Ao vivo, essa banda mostra toda sua competência. Os shows são recheados de efeitos, na percussão, na voz, nos teclados e esse não foi diferente. Algumas músicas eram "pausadas" para um trecho de DUB. A retomada é incrível. "Traição", "Sentimento", "Ana e a Lua", não dá para eleger um destaque. Todas as faixas são tratadas de uma forma muito cuidadosa, e possuem particularidades que as tornam intocáveis em toda amplitude do trabalho.
Dagô sempre leva suas próprias músicas, apesar de tocar e gostar de tudo que há de melhor no Reggae mundial, mas nesse show ele atendeu à alguns pedidos. "Crazy Baldheads" de Bob Marley foi executada com maestria, e praticamente introduzindo a música "Dreadlock", título do álbum de Dagô, mais uma pedrada do rei com "Natty Dread".
Hoje em dia o público acompanha Dagô de letra a letra em praticamente todas as músicas, o que mostra a aceitação e admiração do público por esse artista exemplo da cena reggae nacional. O cd Dreadlock pode ser encontrado nas melhores lojas do ramo e também no site CentralReggae.
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Fonte: Equipe Surforeggae
 'Dagô & Radical Roots '
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