Confira o que rolou na Coletiva de imprensa com o reggaeman britânico, Maxi Priest!

21/10/2004
Confira o que rolou na Coletiva de imprensa com o reggaeman britânico, Maxi Priest!

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A dois dias de sua apresentação, Maxi Priest e banda realizam uma coletiva nas dependências do Tom Brasil, conceituada casa de shows de São Paulo. Contando com diversificados veículos de comunicação, Maxi Priest pôde abranger, em diferentes níveis, vários pontos de sua carreira, influências, ideologia, etc. Confira agora um resumo de toda a coletiva (aproximadamente 1 hora).

A COLETIVA

Começamos abordando dois dos principais personagens na ascensão de Maxi Priest ao público mundial, Sly & Robbie. A
participação dos mitos em "Wild World", rendeu seu primeiro hit nos Estados Unidos. A indústria fonográfica norte americana é tida por Maxi Priest como, além de importante, difícil de ser penetrada. O astro lembra episódio onde ele e Ziggy Marley ficam amargando um período de neutralidade devido à preferência da gravadora em ter somente um artista do gênero. Diz também que teve seu espaço devido suas músicas começarem a ser importadas da Inglaterra naturalmente. Maxi diz que hoje as coisas melhoraram, pois as gravadoras "descem" às ruas, caçando literalmente os novos talentos.

Perguntaram ao artista sobre sua fama no Brasil, e uma quase equiparação com Bob Marley. Com uma certa decepção, Maxi Priest responde humildemente que não tinha conhecimento de tal título, e revela também que não considera Marley a única estrela do reggae mundial. Foram citados nomes como Burning Spear, John Holt, Jimmy Cliff e seu declarado preferido, Dennis Brown. Alongando um pouco em sua resposta, diz que o já falecido ícone também era o número 1 para Bob Marley, e que se o "astro do 3º mundo" podia ter uma estátua em sua homenagem, por que não o próprio Dennis?

Abordamos também a cena atual do reggae na Jamaica, que como o dancehall, ragga e outras vertentes, estão cada vez mais fortes. Ficou claro que Maxi Priest tem uma mente bem aberta e avante em relação a música, dizendo que a evolução está em todos os estilos, então por que não estaria no Reggae? Apesar de respeitar as bandas de teor militante e religioso, confessa que músicas deste cunho trazem algumas lembranças tristes, e defende o reggae que cita Natureza, o "sentir-se bem", enfim, músicas que trazem mensagens mais alegres e positivas, mesmo que algumas sejam descompromissadas ou, às vezes, sem sentido algum.

No mesmo tema, reforça sua visão dizendo que temos que deixar os anos 60 e 70 em seus devidos lugares, e enxergar a
evolução da música como algo natural e de suma importância. Citou como principais nomes da fase evolutiva do reggae, Shaggy, Shabba Ranks e Sean Paul, que recentemente estourou no Brasil com "I’m Still In Love With You", que usa como base a "Uptown top Ranking" de Althea & Donna.

Perguntamos sobre seu novo trabalho, onde ele ficou dividido entre alegria e uma certa raiva. O novo álbum não passa de uma demo ainda, muito cru, porém chamou atenção de produtores que já queriam lança-lo como produto final. Mostrando características perfeccionistas, não gostou quando a gravadora jogou na mídia um trabalho tão incompleto, porém ficou feliz pelo interesse e pelo "feedback" positivo de quem teve contato.

Maxi Priest não esconde a ansiedade de mais uma apresentação no Brasil, e conta com uma banda de alto nível que, além da satisfação de poder tocar com Maxi, já tocaram com Big Montain, Alicia Keys, Shaggy e Wailing Souls. A performance promete, e como o rapper RedFox disse: "Gosto de festa, os brasileiros gostam de festa... teremos uma festa!"

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