08/09/2020 Got to be Tough! Confira o novo e tão aguardado álbum de Toots and the Maytals!
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Em tempos de incertezas políticas e sociais, a volta da voz de Toots Hibbert não poderia ser mais do que bem-vinda. Voz essa que ressoa desde o início do ska, durante o movimento pelos direitos civis na América e a independência da Jamaica nos anos 60.
Nessa época, Toots cantou icônicas verdades como “Monkey Man" e “54-46 Was My Number" – uma irônica resposta para sua injusta prisão por ganja. Desde então, ele ganhou uma visão certeira sobre os sistemas corruptos que tentam dominar populações e essa característica está em todas as suas letras.
Ganhador (e múltiplas vezes indicado) de Grammys, Toots Hibbert é mestre em criar um tipo de música de resistência, que harmoniza raiva e sensibilidade chamando atenção para as injustiças sociais. Got To Be Tough é um reflexo disso.
GOT TO BE TOUGH
Este novo álbum que sai via Trojan Jamaica / BMG Records conta com produção do próprio Toots Hibbert, que também toca muitos dos instrumentos e assina o arranjo do naipe de metais. A guitarra principal é de Zak Starkey (co-fundador do selo Trojan Jamaica ao lado de Sharna “Sshh” Liguz e baterista do The Who), a bateria é do mestre Sly Dunbar (da dupla Sly & Robbie) e a percussão do ícone de Nova Orleans, Cyril Neville.
(Clipe de "Got to be Tough")
Falando em percussão, vale lembrar que o ex-Beatle Ringo Starr assina a mesma na releitura de “Three Little Birds”, de Bob Marley. A faixa clássica ganhou ares de ska e ainda conta com a participação especial de Ziggy Marley na voz.
O disco Got To Be Tough vem para renovar a carreira de quase seis décadas do homem que lançou um novo som e gênero musical com seu hit de 1968 “Do The Reggay”. Sim, Toots Hibbert cunhou o termo “reggay”, que depois passou a se referir ao estilo musical, derivado do ska e do rocksteady, que surgiu na Jamaica no final dos anos 60.
Nesta sexta, 28 de agosto, o legendário artista jamaicano Frederick “Toots” Hibbert mostra que por suas veias criativas correm todas as raízes da diáspora negra: blues, soul, r&b, funk, jazz, reggae... Toots honra e incorpora essas sonoridades, enquanto busca sobreviver e prosperar entre nossos desafios terrestres.
É preciso ser forte quando as coisas ficam difíceis" - avisa o frontman desta instituição do reggae mundial que é a Toots and The Maytals.