O trabalho da banda Ayahuasca vai muito além da sua veia musical e verbal, é pura dedicação e perseverança em defesa das florestas e do nosso verde, adicionado de um bom contexto social. Com 7 anos de carreira e dois discos de estúdio lançados - "Pés no Chão” e “Urucum” - a banda que teve iniciou em Manaus e atualmente vivem baseados na cidade do Rio de Janeiro. Para mostrar um pouco mais desse trabalho para o Brasil, o Surforeggae fez uma entrevista exclusiva com o grupo. Confira!
A ENTREVISTA Nos fale um pouco sobre como foi formada a banda e quem são seus integrantes. A banda foi formada em Manaus (AM) em 2006. Em 2009 a banda veio pro Rio de Janeiro onde só o vocalista Yuri Reis e o antigo guitarrista permaneceram na cidade. Lá, conheceram o baterista Daniel Tot que já tocava com o baixista Pedro Sustagem. Um ano depois o guitarrista Rafael Casqueira entrou pra banda, que atualmente também conta com os teclados de Gunter Fetter. Há 4 anos estamos atuando na cena carioca. Quais são os seus artistas nacionais e internacionais favoritos quem de certa forma influenciam no som? Gostamos de Nação Zumbi, Steel Pulse, The Congos, enfim, música jamaicana e brasileira. Gostamos também de rock pesado como Black Sabbath e Led Zeppelin. O RAP também faz parte do nosso cotidiano - artistas como Black Alien, The Roots e Mos Def. Curtimos de tudo um pouco e termina virando influência. Vocês utilizam elementos diferentes como por exemplo indígenas na música da banda? Sampleamos alguns cânticos indígenas e apitos de pássaros. Temos algumas percussões trazidas da Amazônia que usamos também. A banda tem muita influência da música indígena.
(Performance energética do Ayahuasca)
Como surgiu a ideia do nome da banda? O nome foi dado pelo vocalista Yuri Reis após uma sessão de Ayahuasca que se trata de uma bebida milenar cultivada por povos indígenas. Como está a discografia da banda? O que está sendo preparado para o futuro próximo? Temos dois discos ,"Pés no chão" gravado em Manaus e "Urucum", feito no Rio de Janeiro. Estamos preparando o nosso terceiro álbum que se chamará ’Tribos’. A banda se mudou pro Rio de Janeiro há algum tempo. Por que tomaram essa decisão e como está sendo? Queríamos expandir os horizontes. Já estávamos na cena amazonense e era preciso respirar outros ares e buscar uma inserção maior no mercado para alcançar um número maior de pessoas.
(Do álbum "Pés no Chão", ouça "Viagem")
Para vocês que viveram mais de perto, como é o movimento do Reggae no Amazonas? Apesar de ter boas bandas na cena de lá, não tem muito mercado ainda,por isso sentimos a necessidade de vir pro Rio de Janeiro. O que precisa melhorar para o Reggae nacional atingir mais público? Acreditamos que tem muita banda boa por aqui, mas falta autenticidade. Já que fazemos música de protesto, deveríamos nos importar mais com assuntos do Brasil , as florestas, nossos índios por exemplo. Talvez tivéssemos mais credibilidade se fôssemos "menos jamaicanos" e mais brasileiros. Deixem uma mensagem para quem já curte o som de vocês e para aqueles que acabaram de conhecer um pouco mais o trabalho da banda aqui pelo Surforeggae. Para quem já conhece e sabe da nossa proposta, obrigado pelo respeito! Para quem não conhece, convidamos todos a entrar no nosso mundo. Viva a floresta e todos os seres que nela vivem ! Obrigado!
(Ouça o disco "Urucum")
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Fonte: Rafael Surforeggae
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