23/08/2008
Dica Surforeggae: Saiba mais sobre o lançamento do primeiro disco de gravadora da banda Nayah!
 
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Num piscar de olhos, já se passaram dez anos desde o que Nayah começou sua carreira. Mas este é um momento especial na sua história: a banda lança "Nayah", seu primeiro disco por uma gravadora. A Coqueiro Verde comprou o barulho que já conquistou Niterói, cidade natal dos integrantes, e deu uma guaribada no repertório (parte dele já existia), incluindo novas faixas. Sozinhos, sem ajuda de produtor ou divulgador, os músicos já haviam vendido, em shows e pequenas lojas especializadas, mais de três mil cópias do CD demo “Foge pra lua”. Agora, eles querem levar “Nayah” para o sol ouvir.

Nos primórdios, a banda se chamava Nayah Bing – o que, na Jamaica, quer dizer “alma de tambor” – e, da formação atual, tinha apenas Kid Mumu (vocal) e Guga Freire (bateria). Em 2003, os MCs JPunk e Renzo Goldoni invadiram o estúdio em que o Nayah (nessa época, a banda já havia adotado o apelido) ensaiava: o objetivo era conseguir músicos que fizessem melodias para suas rimas. Os dois haviam estudado teatro juntos e, àquela altura, eram parceiros na dupla Solano Star.

Imediatamente, foram absorvidos pela banda. Já no disco demo, Mumu, Guga, JPunk e Renzo misturaram reggae, rock, funk e rap. Agora, eles resgatam o fino do repertório e acrescentam as recém-saídas do forno “Esse som é pra você”, “É só você querer”, “Nas ondas do rádio” e “Não vou me enquadrar”. “Enquanto fazíamos shows, fomos produzindo músicas novas. O outro disco foi muito bem em Niterói, mas não teve divulgação pelo Brasil. Então, quando pintou a oportunidade de lançar pela Coqueiro Verde, montamos esse outro CD, que está mais orgânico. Repaginamos ‘Sinta a energia’, que já tocávamos, mas era mais rock. E a capa antes era toda feita em computador.

Agora, tem muito mais a ver com o som que fazemos”, diz Mumu. Para a foto da capa, os músicos posaram, pintados e fantasiados, na frente de um quadro do artista plástico Bernardo Ramalho, como se fizessem parte da instalação exposta no Museu do Ingá, em Niterói. Para “Sinta a energia”, eles bolaram um arranjo mais próximo do reggae, sob a batuta dos produtores Fabrizio Iori e Von Kilzer. A música aparece novamente no disco como faixa bônus, só que em versão ao vivo. “Nayah Groove” já começa com raggas meio em inglês meio em português de JPunk e Renzo e tem apenas um “help” de Mumu no refrão. “É isso”, “Imagem”, “Hipocrisia” e “Duskamaradas” misturam ritmos dançantes com letras de protesto (que falam desde o regresso do ser humano, no caso da primeira, até a futilidade vendida pela televisão, no caso da última). “A gente está a fim de mostrar nossa arte. Nosso lance sempre foi o reggae, mas o rock sempre foi muito influente como atitude”, comenta Renzo.




“Eu ouço Planet Hemp, Bob Marley, Sublime, que é uma banda de rock que toca reggae. Temos escutado muito Damien Marley. Na arte de fazer poesia, tenho Jorge Ben Jor como inspiração”. “Esse som é pra você” também segue a linha reggeira, só que romântica, e com adição de um ragga assinado por JPunk. “Nas ondas do rádio” tem tudo para ganhar... as rádios. E em “É só você querer”, Mumu canta o amor, acompanhado de uma melodia que se aproxima do r&b. Na onda do rap, está também a décima-segunda faixa, “Tranqüilo”. “Não tem como não misturar. Quando a gente está no estúdio, a primeira batida que o Guga faz na bateria é a do funk carioca. Eu sou de fuçar o underground. Gosto de Asian Dub Foundation, DubStep, Fela Kuti… Também ouço Nação Zumbi, O Rappa”, completa JPunk.

Começando com ragga de Renzo, “Não vou me enquadrar” resgata e mistura as vertentes dancehall e rocksteady do reggae (o primeiro é caracterizado pela presença de um MC que canta e produz as próprias batidas com colagens de reggae; o outro é como um ska com a metade da velocidade e com instrumentos como o trombone substituídos por pianos e baixos). O dub também aparece como influência do quarteto em “Dubwise”, que tem sintetizadores, programações e até vocoder (instrumento para sintetizar a voz). “A gente tem uma levada meio rock, mais nervosa.

E temos influência do rap. Não somos uma banda rastafari. A gente mescla estilos. Acho que nosso disco poderia estar na prateleira do reggae ou na do rock”, acrescenta JPunk. Todas as letras são de Mumu, JPunk e Renzo, sendo que algumas levam a assinatura do baterista Guga Freire e de outros nomes. “Vinicius de Moraes, Baden Powell e Bob Marley são nomes que me inspiram”, diz Mumu. “A gente tem uma maneira esquisita de compor. Geralmente, faço uma música e JPunk e Renzo chegam colocando coisas novas. Ou o Gustavo traz idéias. E vice-versa. Todos sempre dão opinião”.

MAIS INFORMAÇÕES


 Tel: (55) (21) 7892.6920 / 2580-3955
 email: contato@favelamusic.org
Site Oficial: www.nayah.com.br
Nayah no Surforeggae: Clique e acesse.

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Clique aqui e veja Nayah com o clipe "É Isso".


Fonte: Bruno Torres





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Entrevista exclusiva com a banda Nayah, que lançará novo CD com produção de grande nome da MPB!






 
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Igor Salify
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