No último dia 10 de maio, véspera de dia da mães, o Estância Alto da Serra abrigou os filhos de Jah pra assistir o "Original Reggae Style 2008". Neste ano a Zeroneutro apostou em shows curtos, e a extensa lista de apresentações proporcionou um panorama com as mais diversas vertentes do reggae.
A estrutura e produção do show estavam dignas dos grandes festivais, com qualidade de som e iluminação impecáveis, fato que deveria ser seguido pela maioria dos produtores de reggae brasileiros. Outro ponto importante foi que esta estrutura de primeiro mundo foi privilégio de todas as bandas, mainstream ou independentes. O espaço para a realização do evento escolhido está localizado numa linha tênue que separa a cidade e o que restou da Mata Atlântica paulista, lugar propício para a realização da proposta.
CHIMARRUTS O grupo Chimarruts iniciou o festival e a turnê de seu último disco mesclando os clássicos do primeiro álbum, como “Deixa Chover”, “Chapéu de Palha” e “Iemanjá” com músicas novas, como “Se Eu For Embora”, que agitou a galera num frio de aproximadamente 12 graus. Arrasando numa presença de palco contagiante, a banda de Porto Alegre demonstrou a força que as bandas mais novas estão atribuindo ao reggae nacional nos últimos tempos, o que já era mais do que necessário. A homenagem a Bob Marley veio pela música “Could You Be Loved” que, num vocal inovador, encerrou a apresentação da banda em grande estilo.
MATO SECO A banda Mato Seco fez um show mais sereno, mas não menos contagiante. Contando com muitas baladas e uma vibração muito positiva diante do público, destacou-se pela apresentação das músicas “Navegantes da ilusão” e “Brilho oculto”. A homenagem ao rei do reggae se realizou com “Survival”, em que a percussão roubou a cena.
RAS BERNARDO Um dos grandes destaques do evento foi Ras Bernardo que, diante dos olhos admiradores do público e dos demais grupos que lhe prestaram homenagens, ganhou a cena com sua presença de palco, simplicidade e carisma. No repertório, diversos clássicos imortalizados pela sua participação no grupo Cidade negra entre outros hits. De todas as performances da noite foi, sem dúvida, a mais efervescente, contando um contra-baixo pulsante e uma bateria ritmada em plena harmonia mostrou a todos como se faz o verdadeiro Reggae Roots. Ao fim do show, com ritmo de jazz, Ras Bernardo apresentou a banda e surpreendeu a todos com a ousadia na mistura de ritmos, postura típica dos grandes mestres.
TIPPA IRIE O Tippa Irie, única apresentação internacional do evento, foi o divisor de águas de um show que poderia ter dispersado o público devido ao frio, a espera, aos atrasos e afins. Superando as expectativas, Tippa tomou conta do espaço com seu dancehall e o som afetou a todos como uma epidemia dançante. Instantaneamente todo o público estava emitindo vibrações positivas por todos os cantos.
Neste momento vale registrar a presença dos regueiros André e Willian, que reconheceram os integrantes do Surforeggae presentes no evento e imediatamente se apresentaram. André é surdo e este foi um fato que nos surpreendeu e causou certo orgulho, pois percebemos que o Reggae estava ali para ele de uma maneira diferente, mas não menos intensa já que todas as vibrações seriam sentidas por todos que carregam essa sensibilidade, gosto e respeito pelo ritmo.
NATIRUTS O Natiruts, a banda mais aguardada, entrou em cena aproximadamente as 2 da madrugada e encheu o espaço de som e agitação. No repertório, muitos clássicos dos primeiros discos, como “Semente nativa”, “Eu e ela” e “Andei só”, misturados com as novas “Iluminar” e o grande hit “Natiruts Reggae Power”, música que provocou o clímax absoluto do festival com casa cheia e ninguém parado.
Com muito estilo e respeito, Alexandre homenageou as outras bandas presentes no evento, mandando um salve especial à Ras Bernardo, reverenciando-o como um dos fundadores do reggae nacional. A homenagem a Bob Marley se realizou em “Jammim” tocada com instrumentais harmônicos e irrepreensíveis, levantando a galera. Durante todo o show a presença de palco do Natiruts foi marcante e as mensagens de paz entoadas por Alexandre enchiam de vida os olhos da galera na pista.
Perto do encerramento do show, Alexandre mandou sua última mensagem, dizendo que não importa o ritmo que gostamos ou onde vivemos, pois o fato de sermos brasileiros nos une. Essa fala expressa uma postura muito bonita do grupo, que valoriza a cultura e o brasileiro, e também explica aquela espécie de cântico tão conhecido de todos: “Meu reggae é Roots, palavras também, mas o meu coração é brasileiro”.
ARMANDINHO Pra encerrar o evento, Armandinho levantou ainda mais os ânimos da galera presente cantando seus hits “Desenho de Deus”, “Semente” e “Ursinho de Dormir” entre outras, desconfigurando aquela cara de fim de festa, garantindo um bom encerramento ao festival e a alegria e preparação dos filhos de Jah no retorno pra casa e claro, pro abraço da mamãe às 6 da manhã.
IMAGENS DO EVENTO Clique aqui e veja algumas fotos deste evento. Fotos por: Lupa Design.
MULTIMÍDIA Clique aqui e veja Tippa Irie com o clipe "Make a Duppy Yet".
Clique aqui e veja Natiruts ao vivo com "Natiruts Reggae Power".
Clique aqui e Mato Seco ao vivo com "Navegantes da Ilusão".
Fonte: Amanda Lacerda
'Original Reggae Style'
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