O MITO Um dos maiores mitos da história do rock é o suposto sincronismo que existiria entre o filme "O Mágico de Oz" (produção de 1939) e um dos mais clássicos álbuns da história do rock: "Dark Side of the Moon" (de 1973), do Pink Floyd. O álbum teria sido gravado como uma trilha sonora alternativa para o filme e, se colocado para tocar exatamente após um determinado trecho do filme, seria um acompanhamento perfeito para o mesmo. Em torno deste mito, Lem Oppenheimer, membro do selo Easy Star de Nova York, não iria ignorar os fatos. Ao fazer a versão reggae de "Dark Side of the Moon", que acabou levando o nome de "Dub Side of The Moon", a lendária sincronia foi completamente preservada.
FATOS PARA DERRUBAR A TESE Além do filme em questão ser várias décadas mais antigo que o álbum, nenhum dos membros do Floyd jamais admitiu tal fato. Além disso, parece uma verdadeira loucura imaginarmos que um álbum (principalmente o álbum em questão, com todos os seus requintes de produção) foi todo gravado para sincronizar perfeitamente com um filme. Porém, ao tentar fazer o sincronismo, as coincidências são várias, e deixam qualquer pessoa desconfiada.
COMO FAZER A SINCRONIA Para fazer o teste, que é no mínimo muito divertido, proceda assim : coloque o cd no aparelho (preparando-o para o modo repeat, pois ele irá tocar duas vezes completas durante a passagem do filme), e comece a passar o filme na tv. Imediatamente após o leão da Metro soltar o terceiro rugido (tem que ser no momento exato), solte o play no cd, e tire todo o volume da televisão.
E aí começam as coincidências. No final de Breathe, quando ouvimos David Gilmour cantando a parte “Balanced on the biggest wave”, vemos, no filme, Dorothy balançando enquanto anda em cima da cerca. A explosão no final de On the Run acontece na hora em que o céu escurece no filme. Os relógios do início de Time começam a tocar na hora em que a bruxa toca o sino da sua bicicleta.
Mas nada impressiona mais do que as coincidências durante a execução de The Great Gig in the Sky. Ela começa exatamente quando Dorothy deixa a casa da cartomante. A tempestade começa no exato momento em que o andamento da canção se acelera. Dorothy desmaia, e a cena se acalma exatamente quando o andamento da música se torna novamente lento. E, por fim, a canção acaba exatamente quando Dorothy deixa a casa.
Outra grande coincidência é, no final de Eclipse, quando se ouve as batidas de coração. No filme, Dorothy está, nesse momento, tentando ouvir batidas de coração no homem de lata. Na segunda execução de Us and Them, já bem mais à frente no filme, há outra coincidência. Na hora em que é cantado o trecho “Black and blue”, a câmera mostra a a bruxa (que está vestida de preto) e, depois, muda o foco para Dorothy (que está, adivinhem só, vestida de azul). São muitas as coincidências, o que só aumenta o mito em torno desta tese. Que provavelmente nunca será comprovada. Mas, que vale a pena fazer o teste em casa, vale. Este colunista já o fez, e pode atestar as coincidências que cita aqui.
Base do texto: Marcello Rothery
Fonte: Rangel Surforeggae
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